Os especialistas explicam ainda que a gravidade da doença depende também da quantidade de vírus que é transferida para o indivíduo. Estudos preliminares têm demonstrado que a variante Delta, detectada originalmente na Índia, possui uma carga viral muito mais alta do que outras cepas do coronavírus, o que pode culminar em casos mais graves, especialmente entre pessoas não vacinadas ou que estão com o esquema vacinal incompleto.
— O que temos visto na Delta é que é uma variante com capacidade de disseminação maior entre as pessoas e que leva uma quantidade de vírus maior. Isso pode diminuir a proteção oferecida pela vacina e influenciar na gravidade da doença que a pessoa vai ter, ainda mais quando se trata de pessoas idosas e com doenças crônicas — afirma Ramos.
Diante do cenário de aumento de casos relacionados à variante Delta no país e no Rio Grande do Sul, a recomendação é de que cuidados básicos, como o uso de máscara, álcool gel e a prática do distanciamento social, adotados desde o ano passado, não sejam deixados de lado.
— Especialmente neste momento, mesmo as pessoas vacinadas com duas doses têm que manter a proteção individual, dar preferência a atividades ao ar livre, evitar aglomerações. A Delta é a variante mais transmissível de todas, portanto, relaxar e confiar somente na vacina é um passo muito arriscado — conclui Paulo Grewer.